Pobreza e desigualdade social não podem ser vistas como subproduto necessário da Economia, como “questão social” a ser enfrentada apenas com políticas compensatórias. Ou o modelo econômico adotado coloca essas questões no centro de suas preocupações ou o modelo econômico adotado está errado.
O desenvolvimento econômico, com inovação, incremento de produtividade e geração de renda, não pode mais ser visto como separado da questão social, da eliminação da pobreza, da redução das desigualdades e da promoção geral do bem estar humano e social. Nenhuma economia capitalista e uma sociedade saudável e democrática pode conviver com os alarmantes níveis de pobreza e desigualdade que marcam a sociedade brasileira. Por isso o Podemos defende a retomada de um projeto nacional de desenvolvimento que conjugue crescimento econômico com eliminação da pobreza e redução das desigualdades sociais.
Todos os anos um contingente enorme de pessoas chega à idade de trabalhar e, dispostos a contribuir com a produção da riqueza do país, não têm condições de ser absorvidos plenamente pelo mercado de trabalho. Isso porque o Brasil tem desmobilizado sua capacidade produtiva e de inovação tecnológica, se desindustrializado e ficado para trás. Isso produz um enorme desperdício de recursos humanos e o empobrecimento da população.
O Podemos defende a adoção de um projeto que retome a noção de desenvolvimento econômico, buscando elevar o nível de produtividade da economia por meio da diversificação, modernização tecnológica e inovação, com foco em setores de alto valor agregado e intensivos em mão de obra. Promover a sofisticação produtiva é o caminho para geração de renda e de empregos de qualidade para todos.
Um projeto de desenvolvimento econômico e social deve buscar reinserir o Brasil nas cadeias globais de valor, criando políticas de fomento à pesquisa e inovação, recriando uma sinergia entre empresas, academia e agências do Estado. Para isso é necessário abandonar dogmas econômicos e tirar proveito de experiências históricas e internacionais, compreendendo que uma economia de mercado sólida e eficiente deve andar junto com um Estado competente em seu papel regulador e promotor do bem estar social.
Reverter o processo de desindustrialização que o Brasil vem sofrendo requer estratégias que passam também pela construção de canais eficientes de financiamento público e privado e aproveitamento consciente de nossos recursos naturais. Indústria e setor agrícola não são excludentes, mas complementares na estrutura econômica de um país. Por isso o Podemos defende um agronegócio moderno, eficiente e competitivo e um modelo de desenvolvimento ambientalmente sustentável.
Tudo isso só será possível mediante uma estratégia que inclua reformas macroeconômicas e microeconômicas: Uma política macroeconômica correta é essencial para o projeto que o Podemos defende. Um desenvolvimento que promova crescimento econômico e bem estar humano de maneira sustentável exige políticas acertadas, que reduzam a volatilidade cambial, busquem uma taxa de câmbio competitiva internacionalmente e juros estruturalmente baixos, a fim de puxar os investimentos produtivos. Requer também reformas microeconômicas que aumentem a eficiência da economia sem desvalorizar o trabalho humano. Uma visão moderna e progressista de economia jamais deve perder de vista que o trabalho não é apenas um custo de produção, mas é a vida das pessoas. Empregos de qualidade e salário decente também geram efeitos positivos na demanda agregada, gerando e espalhando renda na sociedade.
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