No dia 03 de junho, a revista The Economist lançou um relatório especial sobre o Brasil com sete reportagens. Ao longo do relatório intitulado “On the Brink” (Na Beira, em português), a revista aborda alguns temas relevantes: a economia, corrupção e crime, a Amazônia e a política ambiental, a necessidade de uma reforma política que impeça governantes autoritários de assumirem o poder, a influência dos evangélicos, e um manifesto sobre a necessidade de tirar o Bolsonaro do governo pelo voto. Em resposta ao relatório, no dia 06 de junho, a Secretaria Especial de Comunicação Social da Presidência da República (Secom) publicou no Twitter o “Posicionamento em Defesa do Brasil”, que ataca a última reportagem “The Prospects: Time to Go” (Perspectivas: É hora de ir embora), do relatório. A Secom, entretanto, manipulou a reportagem – e a tradução publicada pelo Estadão – para acusar a The Economist de sugerir o homicídio do presidente.
Selecionamos abaixo as principais notícias sobre o tema:
Na Beira/The Economist (03.06)
Relatório especial sobre o Brasil, dividido em sete reportagens*: “Brasil: O capitão e seu país”; “A economia: um sonho adiado”; “Corrupção e crime: retrocedendo”; “Amazônia: árvores de dinheiro”; “Políticas: necessidade de reforma”; “Evangélicos: das Bíblias e balas”; “Perspectivas: É hora de ir embora”.
*Tradução livre.
Com Cristo no oxigênio, Economist diz que Brasil precisa tirar Bolsonaro em 2022 para sair de crises/BBC (03.06)
“Um relatório especial da revista britânica The Economist, publicado nesta quinta-feira (03/06), afirma que o Brasil vive hoje ‘sua maior crise desde o retorno à democracia em 1985’ e atribui a maior parte dos problemas ao governo do presidente Jair Bolsonaro.”
The Economist: É hora de ir embora/Estadão (05.06)
Artigo original da The Economist traduzido pelo Estadão. Entre os temas debatidos, estão os desafios do sistema de pesos e contrapesos das instituições brasileiras, a crise institucional das Forças Armadas, a devastação da Amazônia e a prioridade de derrotar o Bolsonaro nas urnas.
O futuro do Brasil/Opinião Folha (06.06)
Dialogando com o relatório da The Economist, Marcos Melo, professor da Universidade Federal de Pernambuco, fala sobre as reformas necessárias no Brasil e as limitações das instituições nacionais.
Secom acusa ‘The Economist’ de sugerir a morte de Bolsonaro, e distorce conteúdo de reportagem/Sonar O Globo (07.06)
“Ao rebater no Twitter a reportagem ‘É hora de ir embora’, da revista ‘The Economist’, que trata sobre a pandemia no Brasil, a Secretaria Especial de Comunicação Social (Secom) distorceu o conteúdo da publicação e acusa a reportagem de sugerir a morte do presidente Jair Bolsonaro para superar a crise sanitária no país. De acordo com a sequência de posts da Secom, as críticas ao governo federal são parte de uma narrativa ‘falaciosa’, ‘histriônica’ e ‘exagerada’ da oposição.”
No dia 12 de junho, após a publicação “Perdido na tradução e na política também“, do Estadão, a Secom publicou uma série de Tweets afirmando que o veículo de imprensa havia mentido. Confira abaixo:
