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A Resenha: O Filho de Mil Homens (2011)
O Filho de Mil Homens

A Resenha: O Filho de Mil Homens (2011)

O escritor luso-angolano Valter Hugo Mãe é uma das novas sensações da literatura portuguesa. Sua escrita cadenciada, no formato de prosa, explora as belezas da língua , tocando o âmago do leitor.

O Filho de Mil Homens é uma de suas obras mais reconhecidas e, possivelmente, uma das mais belas. Dedicado às crianças, o texto encara a beleza do sentimento humano e das relações criadas e cultivadas por nós.

Qual a história por trás do livro: O Filho de Mil Homens?

O livro conta a história do pescador Crisóstomo, da jovem Isaura, do órfão Camilo e do sensível Antonino. Inicialmente, os contos não parecem entrelaçados entre si, mas formam, ao final, um lindo quebra-cabeça. Crisóstomo é um homem pela metade que busca um filho a fim de dar-lhe amor. Camilo é o órfão de uma anã, recusado e até esquecido pela fictícia vila litorânea. Isaura é uma mulher renegada, que viveu grande parte da sua vida em luto e melancolia. Já Antonino tem sua própria beleza, um homem sensível, o homem maricas, que sofre com o estigma da cidade.

A escrita lúdica cadencia os momentos de tristeza e de melancolia. Mãe escreve de uma forma terna e faz você entrar em contato com a particularidade de cada um dos personagens, causando um sentimento de empatia. Como uma criança descreveria as coisas mais belas da vida? Nos parece que é isso que o autor tenta despertar no leitor: um retorno ao mais belo que existe, com os olhos mais inocentes que possam existir.

Ler Mãe é uma experiência divina, leve, que desperta sorrisos, mas também angústia, que brinca com nossos sentimentos, como se fôssemos um personagem do livro. A história, com seus laços, dedica-se grande parte a explicitar o amor, a construção de uma família, daqueles que são filhos de mil homens e mais mil mulheres. O livro transforma o amor dos infelizes na beleza daqueles que amam da forma mais generosa e humana possível.

Para aqueles que se sentem pela metade, como Crisóstomo (e talvez todos nós), o livro fará sentir-se inteiro. Abençoados são aqueles que já se sentem inteiro, pois poderão se sentir o dobro.

Sobre o autor

“Valter Hugo Mãe é um dos mais destacados autores portugueses da atualidade. Sua obra está traduzida em muitas línguas, tendo um prestigiado acolhimento em países como Alemanha, Espanha, França e Croácia. Pela Biblioteca Azul, publicou os romances “o nosso reino”, “o remorso de Baltazar serapião” (Prêmio Literário José Saramago), “o apocalipse dos trabalhadores”, “a máquina de fazer espanhóis” (Grande Prêmio Portugal Telecom de Melhor Livro do Ano e Prêmio Portugal Telecom de Melhor Romance do Ano), “O filho de mil homens”, “A desumanização” e “Homens imprudentemente poéticos”. Escreveu livros para todas as idades, entre os quais: “O paraíso são os outros”, “As mais belas coisas do mundo” e “Contos de cães e maus lobos”, também publicados pela Biblioteca Azul. Sua poesia foi reunida no volume “Publicação da mortalidade”.”

Sobre a Obra

Editora: Biblioteca Azul; 1ª edição (3 agosto 2016)

Idioma: Português

Capa comum: 224 páginas

ISBN-10: 8525062537

ISBN-13: 978-8525062536

Dimensões: 21.8 x 14.4 x 1.4 cm

Confira essas e outras resenhas no nosso Blog!

Observação: Esse conteúdo não representa, necessariamente, a opinião da Fundação Podemos.

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