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A Resenha – História de um Casamento

A Resenha – História de um Casamento

O diretor Noah Baumbach é conhecido por tratar temas profundos sem grandes efeitos, de uma maneira muito sensível. Conhecido pelo seu trabalho em Frances Ha, que colocou no mapa a atriz e diretora de Barbie (2023), Greta Gerwig, Baumbach possui outros filmes de impacto.

A História de um Casamento é um filme poderoso e extremamente sentimental, lançado em 2019 pela Netflix. Se quiser saber mais sobre essa indicação, vem conferir A Resenha da Fundação Podemos!

O filme conta a história do casal Nicole (Scarlett Johansson) e Charlie (Adam Driver), entretanto a partir do seu lado menos romântico: o divórcio. O longa se inicia com uma carta de Nicole sobre Charlie e de Charlie sobre Nicole. Em poucos minutos, somos introduzidos aos trejeitos e manias de cada um dos protagonistas. Ao longo das cenas vamos encontrando um casal, que está brigando judicialmente pela guarda do filho, mas que busca lidar com a dor profunda. A genialidade do filme está em mostrar como esse processo é totalmente contraditório, dolorido e cheio de incongruências.

O longa não deixa a desejar em seu casting. Além do destaque de atuação dos dois protagonistas, temos Laura Dern vivendo Nora Fanshaw, uma advogada da família contratada por Nicole, que quebra o pacto com Charlie de não haver envolvimento da justiça. É a partir deste momento que a história se transforma e fica cada vez mais tensa, afinal, Charlie também contrata um advogado e ambos passam a gastar – subjetivamente e materialmente – com um processo judicial pela guarda do filho.

A produção consegue tratar de temas importantes referentes ao sistema de Justiça dos Estados Unidos. O que acontece é que, após o divórcio, Nicole se muda para Los Angeles com o filho e lá contrata Nora. Isso acaba tendo um custo elevado para Charlie, pois o país não possui um Código Civil federal e precisa, de acordo com as regras regionais, comprar uma residência em Los Angeles para conseguir batalhar pela guarda do filho, por quem ele é extremamente apaixonado e nutre uma relação muito bonita.

É exatamente na relação entre os advogados e seus representados que o ar cômico aparece no longa. O pano de fundo do divórcio é uma mágoa pelo casal ter priorizado a carreira de Charlie sobre a de Nicole e isso parece ser uma cisão irreversível, pelo menos por estes personagens.

O filme impacta ao tratar daquilo que é individual, mas ao mesmo tempo coletivo: os sentimentos. Ele brinca com aquilo que faz a gente se identificar com múltiplos personagens ao mesmo tempo, não havendo um lado “certo” ou “errado”, apenas humanos falhos, como nós somos.

Produção Netflix, o longa foi indicado a diversos prêmios internacionais e relevantes. Suas indicações variam desde Melhor Atriz e/ou Ator, até Melhor Direção, Roteiro Original e Trilha Sonora. A grande vencedora foi Laura Dern, que levou o Critics’ Choice Awards, o BAFTA, o Globo de Ouro e o Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante. Trata-se, portanto, de um filme que colocou a Netflix para competir prêmios internacionais da indústria cinematográfica.

Observação: Esse conteúdo não representa, necessariamente, a opinião da Fundação Podemos.

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