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A Resenha – A Sociedade da Neve

A Resenha – A Sociedade da Neve

A maior tragédia da aviação do século XX, agora contada pela Netflix

Em 1972, uma equipe de Rúgbi, que havia fretado um avião da Força Aérea uruguaia, caiu na Cordilheira dos Andes. A trágica história marcou a América Latina e muitos não conseguiam compreender como alguns sobreviveram a mais de 70 dias em condições hostis e inóspitas.

Como eles conseguiram suportar? É isso que o novo filme da Netflix conta para a gente: A Sociedade da Neve. Venha conferir A Resenha da Fundação Podemos!

O longa é uma adaptação baseada no livro A Sociedade da Neve (Pablo Vierci), que conta a história, antes e durante, a tragédia que envolveu 40 passageiros e uma tripulação de cinco pessoas nos Andes, em 1972.

O voo 571 da Força Aérea Uruguaia caiu no dia 13 de outubro de 1972 em uma clareira cheia de neve. Período em que ainda não havia começado o degelo. O filme é angustiante, pois mostra desde a cena da queda, em que vários morreram com o impacto, até como aguentaram o frio e a fome, sobretudo quando começaram a comer os cadáveres para a própria sobrevivência.

Um dos trunfos da produção é começar o longa alguns dias antes, momento em que temos contato com as vítimas da tragédia. Nos primeiros minutos de filme, é possível esboçar um sorriso com a vida dos jovens, que estudam, vão à Igreja, jogam Rugby e se divertem entre amigos.

As cenas são bastante gráficas, e, para aqueles mais sensíveis, podem ser de grande impacto. O filme se centra na narrativa de Numa Turcatti, interpretado pelo ator uruguaio Enzo Vogrincic. Numa saiu praticamente ileso do desastre e, por isso, atuou de forma bastante ativa para manter a sobrevivência de seus colegas.

Um dos momentos mais angustiantes é que, após 8 dias do acidente, as buscas terminaram, sobretudo pela baixa visibilidade no momento do ano. Devido à neve, era praticamente impossível enxergar os destroços do avião e os sobreviventes, mesmo fazendo sinais e montando uma cruz com as malas que estavam a bordo, não foram vistos.

A partir daí, o desespero toma conta dos personagens, que fazem a dura decisão de se alimentar dos corpos mortos como forma de se manterem vivos. Além disso, o filme é extremamente angustiante, pois mostra a luta pela sobrevivência desses jovens, que, além de tudo, precisam enfrentar as intempéries do tempo, passando por duas avalanches.

A Sociedade da Neve poderia ser um filme extremamente melodramático, ou extremamente religioso, com o intuito de explicar o desastre e, de certa forma, o milagre daqueles que sobreviveram. Mas, o trabalho do diretor J.A. Bayona (Jurassic World: Reino Ameaçado) foi essencial para dosar as intenções no filme.

É preciso ter estômago, mas trata-se de uma das histórias mais inexplicáveis e trágicas da aviação do século XX. Com certeza, vale a pena a ser visto.

Observação: Esse conteúdo não representa, necessariamente, a opinião da Fundação Podemos.

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